O deus Tamuz era a deidade por quem mulheres hebraicas apóstatas foram vistas chorando, em Jerusalém, no sexto ano do exílio do profeta Ezequiel (612 AEC).
Nos textos sumerianos, Tamuz é chamado de Dumúzi e é identificado como o consorte ou amante da deusa da fertilidade Nana (babilônia Istar). Tem-se sugerido que Tamuz originalmente era um rei que foi deificado após a sua morte. Textos sumerianos, que se crê serem do século 18 AEC, mostram que os reis da Suméria eram identificados com Dumúzi.
A respeito da identificação de Tamuz, D. Wolkstein e S. N. Kramer observaram: “Havia um bom número de ‘deuses que morriam’ na antiga Suméria, mas o mais bem-conhecido é Dumúzi, o bíblico Tamuz, por quem as mulheres de Jerusalém ainda pranteavam nos dias do profeta Ezequiel. Originalmente, o deus Dumúzi era um mortal governante sumeriano, cuja vida e morte causara profunda impressão nos pensadores e mitógrafos sumerianos.” (Inanna, Queen of Heaven and Earth [Nana, Rainha do Céu e da Terra], Nova Iorque, 1983, p. 124) Em adição, O. R. Gurney escreveu: “Dumúzi era originalmente um homem, um rei de Ereque . . . A natureza humana de Dumúzi é, além do mais, confirmada pela passagem mitológica em que ele diz a Nana: ‘Vou conduzir-te à casa do meu deus.’ Esta não é a maneira de um deus falar.” — Journal of Semitic Studies (Revista de Estudos Semíticos), Vol. 7, 1962, pp. 150-152.
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