Construído por volta de 575 a.C. a mando do rei Nabucodonosor II de Babilônia, o Portal de Ishtar tornou-se a principal entrada da cidade e foi dedicado à deusa acádia Ishtar, que representa a fertilidade.
Considerada uma das mais importantes obras arquitetônicas empreendidas por Nabucodonosor (que também ordenou a construção da Torre de Babel e os Jardins Suspensos), o Portal de Ishtar tinha um longo corredor adornado com azulejos azuis brilhantes, cobertos por dragões dourados e leões em tijolos com vidro. Com duplos portões na entrada, o portal abrigava uma vasta antecâmara, com tecto e vidros de cedro.
A riqueza nos detalhes artísticos elevaram o Portal de Ishtar ao status de uma das maiores maravilhas do Mundo Antigo. Era um dos oito portões que constituíam a beleza arquitetônica da Babilônia.
Nas festas de fim de ano, os mesopotâmicos costumavam trazer estátuas dos deuses que veneravam (por serem politeístas) e realizavam procissões por todo o trajeto do portal.
Em Berlim, há uma reconstrução do Portal de Ishtar graças ao material encontrado nas escavações do arqueólogo Robert Koldewey, entre 1902 e 1914. Na secção Museu do Antigo Oriente Próximo, do Museu Pergamon de Berlim, há uma réplica do portal com base nas informações coletadas por Koldewey.